Debate, qualificação e premiações marcam 5ª edição da Semana de CT&I na UFABC
A UFABC reuniu representantes do setor produtivo, acadêmico e do governo para discutir empreendedorismo, inovação, pesquisa e desenvolvimento na Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação 2018. O evento trouxe para o Campus Santo André os debates e questionamentos da edição nacional, ocorrida uma semana antes.
Neste ano, um dos enfoques girou em torno do impacto social da inovação tecnológica. O objetivo foi discutir de que modo os efeitos da inovação advinda da pesquisa e desenvolvimento exercem influência sobre aspectos ambientais e econômicos. Houve também preocupação em abordar as perspectivas de desenvolvimento na região do Grande ABC, capacitar pesquisadores, além de discutir o impacto do marco legal de CT&I e incentivos fiscais para pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil.
Na abertura da semana, Edílson Pedro, analista do MCTCI, falou em palestra sobre a inovação como motor da competitividade e do desenvolvimento sustentado. Inovar, de acordo com ele, aumenta a produtividade e gera empregos, além de solucionar demandas da sociedade.
O analista enfatizou a necessidade de equilibrar as demandas jurídicas e técnicas nas políticas públicas que visam ao desenvolvimento por meio da inovação. “Vejo o jurídico como um órgão assessor. A execução cabe ao gestor”, disse. Desse modo, segundo sua visão, entraves à execução de políticas inovadoras seriam evitados.
No dia seguinte, representantes de empresas, poder público e universidades falaram sobre suas visões acerca do desenvolvimento econômico no Grande ABC. Os participantes apresentaram interpretações sobre a formação de arranjos produtivos locais, fortalecimento de cadeias de produção locais e a expansão de serviços para qualificação profissional.
Luiz Fernando Baltazar, analista da InovaUFABC, adaptou para a semana curso que desenvolveu durante o seu mestrado sobre propriedade intelectual e transferência de tecnologia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante o período vespertino, os interessados foram instruídos sobre a utilização da patente no processo da inovação como fonte de informação tecnológica para subsidiar o desenvolvimento de suas pesquisas.
Luiz tratou da legislação acerca do tema, a articulação entre empresas, universidades e governo para obter a inovação e definições teóricas de propriedade intelectual na primeira parte da aula. Ao final, os alunos participaram de uma atividade prática.
Na data de encerramento, Jorge Campagonolo, diretor do MCTCI, explicou os meandros dos incentivos fiscais trazidos pela lei do Bem, instrumento normativo que estimula o investimento das empresas em pesquisa, desenvolvimento e inovação via renúncia fiscal.
“Esse é um trabalho que tem riscos. Você pode investir e não atingir exatamente o objetivo. Mas esse é um investimento necessário se a empresa quer ser competitiva. É nesse ponto que o governo entra com o incentivo fiscal. O objetivo, portanto, é compartilhar riscos”.
A quinta edição da semana na UFABC terminou com a InovaUFABC premiando esforços inovadores na região do Grande ABC. Novas tecnologias e trabalhos pioneiros foram laureados, representando o apoio da Agência de Inovação a iniciativas que contribuem para o desenvolvimento científico, econômico e social da região.
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